quinta-feira, junho 08, 2006

Considerações Parte 02 - A empregada dos meus pais.

Não existe nada nesse mundo que mais me irrite do que gente burra. Outro tipo de gente que me irrita tanto quanto... gente intrometida.
Existem intromissões e intromissões. Tem gente que se mete no teu papo, te chama de burro e você ainda está feliz. Porque se intrometeu para dizer algo de útil. Mas quando é para falar bosta, putz, pior, você nem conhece a pessoa, ou não tem intimidade, e ele(/a) te corta por cortar, para se meter no que está falando, para te interromper, só para aparecer... Se fizer isso comigo, comprou minha raiva.
Bem, como o Philipe (Do "Mundo Gump", olha lá nos links) fez um post sobre dodôs (domésticas), e hoje estou motivado, vou falar sobre a pessoa que ultimamente vem ganhando em número, gênero e grau, motivos de minha desafeição. A empregada dos meus pais.
Para começo de conversa, tenho que voltar um pouco no tempo e falar da minha segunda mãe, praticamente, a Nilza.
Cara, eu adoro ela como uma segunda mãe, como ela me ama como um segundo filho. Foi empregada dos meus pais por anos, putz, que amiga. Só tenho lembranças boas dela naquela casa. Mas infelizmente, ela mesma, quis sair, não aguenta mais o tranco, o apartamento é grande, minha avó da trabalho, etc. Além da idade dela que não contribui, mas ainda assim ela e meus pais vivem inventando maneiras dela voltar a trabalhar lá.
Pois bem, quem me conhece, sabe que não sou de viver na casa de meus pais. Visito-os com frequência, embora muito menos do que eles desejem, mais ou menos de duas em duas semanas. Podia ser mais... mas beleza.
Quando vou lá, dou de cara com a porcaria da Rogéria. Olha o nome da criatura, Rogéria, nome de traveco velho, hauhauaha.
Pois é. A Rogéria, meus pais aturam não sei como, ela é maluca, totalmente louca. Não dá paz a ninguém, juro, ela é uma pentelha de marca maior. Vantagem da criatura, é super trabalhadeira, cozinha bem, e tem mania de limpeza, ou seja, o apezão (apelido do apartamento gigante dos meus pais, depois que morei num sala e quarto), tá sempre brilhando. Se bem que o bagunceiro não mora mais lá, com suas 5000 revistas em quadrinhos e todas as áreas proibidas à empregadas domésticas e faxineiras.
Pois bem, vocês podem achar que estou exagerando, mas não estou. Meus pais hoje em dia tem a brincadeira saudável de estarem ambos no quarto deles (meu digníssimo quarto virou escritório do velho, snif) e fingem conversar, na verdade minha mãe fala com meu pai qualquer coisa em voz alta, e ele conta até 10, nunca chegou ao 10 de fato, porque a empregada começa a gritar minha mãe da cozinha antes, só para interromper. É isso mesmo, ninguém conversa com ela presente. Ela interrompe.
Pois bem, quem me conhece sabe... putz, Fred já explodiu algum dia com essa mulher. Minhas explosões são conhecidas. Quer testar? Pisa no meu calo. Agora quem me conhece mesmo, sabe que é melhor eu explodir com a minha peculiar voz de um trilhão de decibéis, grossa feito um trombone, do que eu falar baixo a lá Al Pacino em "Poderoso Chefão II" - "Você está me decepcionando..."
Ainda não explodi com essa mulher, mas falta pouco. Hoje em dia sou um cara mais calmo, faço análise, cuida da minha deprê cachorra e safada, fumo menos e quase nunca bebo. To quase um anjo (caído).
Fico dias sem ver meus pais, e quando estamos lá, botando o papo em dia, do nada, a criatura se mete no papo, falando algo a ver com o tema do papo, sem na verdade ter a ver, só pra se meter, isso que alguém na mesa está falando, ela não deixa terminar. A última vez foi fatídica, estava comentando alguma besteira com meus pais, almoço em família, logo após eu ter brincado de dar cavalo de pau com a minha avó na cadeira de rodas dela (a velha adora... acho), comecei a contar piadas, a cada uma, a empregada retrucava algo a respeito do tema da piada.
Logo usei meus instintos a lá Ary Toledo. Ele disse uma vez que só existem 3 tipos de piada, é só vc transformar o Manoel em Loira que a piada funciona, Manoel virou Maria, a dodô. Nessa ela não retrucou, e minha mãe fez cara de "P" da vida, foda-se.
Meu pai começou mais uma das histórias dele, que ele odeia que o interrompam, na boa, depois comento sobre as histórias do meu pai e do meu primo, isso será um post a parte. A empregada começa a falar merda encostada no fogão a cada 10 segundos não deixando ele quase contar a história, que todos já conheciámos, claro, quando vou comentar algo a respeito, a individua se mete entre eu e minha mãe e começa a perguntar o que fazer para a janta. Bem, eu me calei, e descobri que rosno, chegando em casa perguntei a minha esposa se alguma vez ela me viu rosnar, e ela disse que sim... resumindo, eu rosnei para a empregada. Segundo minha avó, parece um grunhido de bicho preso, e que eu tinha sangue nos olhos... acho que quase esganei a desgraçada...
Putz, agora comecei a campanha com meus pais, adeus Rogéria.
Se alguém conhecer uma empregada que seja trabalhadeira, cozinhe bem e que não seja ladra, ou a Rogéria, me avisem, porque estou louco para que meus pais ponham essa mulher na fila dos desempregados, antes que eu vire um homicida.
Ela é dose!!!!
Tem algumas histórias com ela, mas isso conto depois.

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